Não a podemos controlar ou impedir. Fado incerto e pouco motivador, provocador de novos receios e angústias. Só é privilegiado quem consegue ver os seus entes mais queridos a desgastarem-se de dia para dia, que grande ironia...
À minha volta vejo tudo a envelhecer, também eu não consigo fugir, mas a prioridade agora são os outros. Aqueles que estão mais acima. Aquele que está com o destino prestes a cruzar-se com o desconhecido é quem me preocupa.
Por vezes preferia que tal sorte não nos fosse dada, visto em determinados estados praticamente não se justificar. Viver apenas para levantar e voltar a adormecer, sem qualquer qualidade ou condição? Pior, para muitos viver apenas porque ainda se respira! Dura tarefa essa, para todos os que com ela convivem.
Não é fácil o contrato que temos com a vida, o prazo é pequeno e as cláusulas rígidas. Neste, ninguém foge às regras, nem o mais rico, poderoso ou importante ser humano. Todos vão desaparecendo e acabando.
Costuma-se ouvir dizer que a velhice é bonita, eu cá preferia que a dada altura da minha vida tudo pudesse parar no exacto momento e sítio em que estava.