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"Anástasis- A Verdade é uma Mentira"







O Anástasis já não se encontra à venda em nenhuma livraria. Caso estejam interessados em adquiri-lo contactem-me, pf, via email: anastasis.maria@gmail.com.



Boas Leituras!





quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Um Santo e Feliz Natal para todos!

domingo, 21 de novembro de 2010

Células negras...

Que raio de doença que nos assalta e nos leva sem notar. Que terrível fado que em alguns acerta, sem regras ou tendências, sem estados ou preferências.
Varre tudo, mesmo sendo combatida. Semeia raiva, espalha dor e colhe pedaços do que era uma vida feliz...
Cada dia que passa muitos são os que a enfrentam e muitos os que acabam por perder.
A todos os que convivem com este drama desejo a maior Força, Coragem e Fé!


Em memória de: Pedro Beça Múrias; António Feio; Tiago Alves e tantos, tantos, outros.

domingo, 14 de novembro de 2010

Em mim...

Numa noite misteriosa de Outono, em que as folhas caem rotundas no chão, e a chuva as calca sem perdão, encolho-me perante a dimensão de tamanho cenário natural. Deixo-me ouvir em silêncio e encostada a meia luz, o som das gotas furiosas, e dos ventos agitados. Permaneço e desfruto. O inverno quer chegar…sinto-me cada vez mais aquecida pelas paredes que me protegem e pelo conforto que me acolhe. Mas o tempo está furioso agora…
Descanso e relaxo. Imagino… Nada melhor para a criação do que fecharmo-nos em nós próprios, e esta noite é isso mesmo que vou fazer.

sábado, 23 de outubro de 2010

Acima das Nuvens

Regressada duma cidade magnífica, inspirada por uma monumentalidade incomparável e majestosa sinto-me a flutuar sob as nuvens. Talvez por isso mesmo tenha tirado esta fotografia... autêntico algodão que nos acolhe, nos suporta, nos abriga. Férias de dias inesquecíveis!
Uma Roma que se representa a si mesma, através de uma história que se respira, uma paisagem que nos inspira, e de um retrato que se revive. Delicioso!

sábado, 2 de outubro de 2010

Pensamentos indomáveis

Mergulho no silêncio da noite e na respiração do tempo… Agarro os pensamentos mais distantes, perdidos, mesmo esquecidos… até que estes se fortalecem. Sinto algum receio em continuar… mas insisto em ouvi-los com atenção e cautela. Nada é transparente, fácil, ou previsível. Sei o que fiz ontem, o que pretendo fazer amanhã, mas não consigo controlar o a seguir. Os segundos escapam-se-nos pelos dedos das mãos em direcção ao ar que os suporta e comanda até ao infinito. Não tenho qualquer poder, pois desconheço as coordenadas geográficas e o compasso do tempo… a minha voz volta a ficar longínqua, e cada vez mais fraca. Os pensamentos esvanecem e as imagens diluem-se… É tarde, não me interessa pensar mais… não agora. A noite é minha amiga e confidente, mas apenas quando recolhida no leito do meu ser.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O conteúdo de um olhar diferente

No mês mais parado do ano, tal como é lembrado, a minha vida acelerou duma forma ofegante e entusiasmada. De facto, por vezes basta que a encaremos, com um pouco mais de optimismo, para que esta nos atribua algo que desejamos.


A felicidade cumprimenta-nos e a janela deixa entrar aquela brisa de confiança no futuro. É boa a sensação de pouco sabermos… Muito nos surpreende uma chamada, um e-mail, um toque ou uma palavra que não estavam programados.

De facto, a sorte muda quando menos esperamos e neste momento, tendo exactamente o mesmo que nos mês anterior, sinto-me curiosamente mais completa! A nossa forma de olhar para a vida mostra-nos estas coisas… Por isso variemos de cor, expressões e feitios. Para que a vida note que lhe pertencemos e se lembre sempre que é agora que precisamos mais dela.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

A25- Um ataque à sobrevivência…

Uma angústia pela fragilidade assumida, pela impotência espelhada... Sentimo-nos reduzidos, mesmo a migalhas, então concentramo-nos no nosso interior e visualizamos os nossos receios, e pequenez. Dura vida, mais para uns é certo, mas que a qualquer momento se poderá cruzar connosco. Receamos a tragédia, a perda, a solidão, o desespero, a dor e a revolta. O que aconteceu ontem infelizmente vai voltar a acontecer. E nós vamos voltar a sentir, tudo o que nos balança, nos incomoda e nos enfrenta! Perante tal cenário optamos por baixar o olhar, é mais simples… afinal já não somos tão fortes quanto acreditávamos. Solidários com a realidade gostávamos de ajudar mas nem para isso temos coragem ou disponibilidade, para viver o sofrimento alheio... Mais fácil será então seguirmos em frente, sem pensar muito, esquecermos as imagens, os relatos, a dor e rezar para que nunca atravessemos de forma tão trágica essa linha fina e ténue do estar e de no segundo seguinte não estarmos mais.

domingo, 8 de agosto de 2010

Anastasis Porto Canal

sábado, 7 de agosto de 2010

No interior das palavras

No silêncio da noite, envolta em pensamentos acolhedores e sentimentos de esperança, repouso. A vontade de me recolher cresce mas a ideia de que ainda posso fazer mais qualquer coisa por este dia desperta-me. Ideias sobrevoam os meus pensamentos. Tento escutá-las, uma de cada vez… Que caminho seguir? Esta é a grande questão. Ainda não sei a resposta… a melhor que encontro é a de seguir em frente! Ouço-me com mais atenção ainda, e percebo que muito se encontra por escrever… mas em letras? Pergunto-me. Talvez não, ou então não só. Tento entender-me… que mania esta a minha… a de querer sempre mais. Satisfação? Sim… alguma, mas não ainda aquela. Sim aquela, a que me dá maior vontade de seguir, lá está, em frente! Mas que grande trapalhada, preciso desligar e dar lugar aos sonhos, que se escrevem sozinhos e onde eu apenas intervenho porque não consigo parar. Parar-me? É difícil. Mulher de profunda admiração pela vida.

Amigos… vou descansar agora.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Anástasis apresentado no Porto Canal.


Diverti-me imenso nesta entrevista, mal tenha o vídeo coloco-o aqui.
Nesta altura, encontro-me a construir uma página no Facebook apenas dedicada ao Anástasis, assim todos os seus asssuntos ficam em página própria e liberto o blogue para os meus textos habituais.

Beijinhos!

sábado, 31 de julho de 2010

De regresso...

Cheguei hoje de férias, retemperada. Nada como um bom mergulho no mar para refrescar as nossas ideias e reforçar as nossas boas energias!

Aproveito para agradecer a todos aqueles que leram o livro e me deixaram comentários tão simpáticos, fico muito satisfeita e com vontade de no futuro fazer mais e melhor!

Posteriormente, vou tomar a liberdade de publicar algumas das vossas opiniões sobre o Anástasis, aqui no blogue, para mais tarde recordar.

Beijinhos e agora vou descansar de tanto repouso! : )

sábado, 3 de julho de 2010

Obrigada!

Quando estamos sem palavras custa-nos descrever com coerência aquilo que sentimos. Não existe uma linha orientadora, uma frase reveladora, existem sim palavras soltas e pensamentos desordenados.

O que senti ontem, e ainda hoje perdura, foi um conjunto de emoções fortes e felizes. Poder viver cada segundo com a intensidade com que o fiz, poder estar com cada pessoa com a vontade com que estive, e rir com a satisfação que me invadiu foi de facto apaixonante.

Senti-me acarinhada e apreciada. E espero por isso mesmo ter conseguido transmitir-vos o quanto foi, é e será sempre o vosso apoio precioso para mim.

Eu respiro emoções ao viver rodeada, nunca só. Eu partilho, recebo e distribuo e só assim sei ser feliz.

Para quem não conhecia este blogue explico que passo aqui de quando em vez sem obrigações, ordem ou regras, não sendo este um espaço de partilha com publicações diárias.

Para as mais de 100 pessoas que estiveram ontem presentes no lançamento do Anástasis um Obrigada muito especial e sentido.

Beijinhos, e conto ver-vos por cá!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Meu Querido S. João

Neste teu dia importante
Venho celebrar a vida
pedindo sorte e saúde
para uma melhor saída

O som dos martelinhos
e o cheiro a alho porro
acompanham os balõezinhos
no seu trajecto novo

Com sardinhas assadas
festeja-se o S. João
com conversas animadas
falamos todos ao coração

S. João é no Porto
com tudo o que tem de melhor
Bailaricos e manjericos
são o seu décor.
Velhos e novos saem à rua
para uma noite intemporal
numa folia popular
como não há outra igual!

Viva o S. João!

"S. João: É Povo na Rua"

"Dos santos populares de Junho, o S. João Baptista é o que mais se festeja na Europa – João, Joan, Jean, John, Iván, Sean, consoante o país onde a festa aconteça.

Mas é na cidade do Porto que as celebrações em seu louvor atingem o mais alto grau de espontaneidade. Festa grande, de tirar o ventre de misérias, o S. João tripeiro tem de ser entendido como uma grande manifestação de massas, eminentemente festiva, de puro cariz popular e que dura toda uma noite, com uma cidade inteira na rua, em alegre e fraterno convívio colectivo.


Festa cíclica, de raiz nitidamente pagã, o S. João do Porto assenta, fundamentalmente em “sortes” amorosas, encantamentos e divinações que se devem relacionar, por um lado, com o casamento, a saúde e a felicidade, mas que andam também estreitamente ligadas aos antigos cultos pagãos do Sol e do fogo e às virtudes das ervas bentas, ao orvalho, às fogueiras, à água dos rios, do mar e das fontes.

Quem saltar a fogueira na noite de S. João, em numero ímpar de saltos e no mínimo três vezes, fica por todo o ano protegido de todos os males .Diz a tradição que as cinzas de uma fogueira de S. João curam certas doenças de pele. Para certos males, são benéficos os banhos que se tomem na manhã do dia de S. João, mas antes do Sol nascer. No Porto, os que se tomavam nas praias do rio Douro ou nos areais da Foz, valiam por nove...

As orvalhadas têm a ver com a fecundidade. Uma mulher que se rebole de madrugada sobre a erva húmida dos campos (“...para tomar orvalhadas / nos campos de Cedofeita”) fica apta para conceber. Segundo um conceito antigo as orvalhadas eram entendidas como o suor ou a saliva dos deuses da fertilidade. Uma outra velha tradição assegura que os namoros arranjados pelo S. João são muito mais duradouros do que os que se formam pelo Carnaval “que não vêm chegar o Natal..."

Um antigo costume são-joanino consiste em fazer subir balões confeccionados com papéis de várias cores. Sobem ao ar como sóis iluminados sob o impulso do fumo e o calor de uma chama que consome uma mecha de petróleo ou resina. Estas práticas são velhos resquícios de um antigo culto ao Sol. S. João é também casamenteiro. Ao toque da meia noite a menina casadoira atira um cravo para a rua. Se for apanhado por um rapaz, em breve ela casará. O mês de Junho passa célere por entre o canto fruste das cigarras e a risada vermelha das papoilas. Mas a folha da oliveira também entra no sortilégio das cantigas de amores: “Ó meu S. João Baptista / ouvi-me que eu sou solteira / destinai o meu marido / nestas folhas de oliveira...” Havia no Porto, ainda há relativamente pouco tempo, o costume de se erguerem arcos de madeira com que se enfeitavam determinadas ruas para a grande festa. O cimo desses arcos terminava em triângulo, que era a forma ou o símbolo do Sol para certas religiões antigas.

O cristianismo soube, de forma inteligente, reconheça-se, cristianizar as festas pagãs em geral e o S. João em particular. O nome do santo percursor passou, depois disso, a dominar e a proclamar uma festa que no Porto se celebra na noite de 23 para 24 de Junho com desfiles de marchas, arraiais nos quatro cantos da cidade e bailaricos. O S. João do Porto é o povo na rua, a multidão que transborda de avenidas, praças e ruas, desemboca de vielas e azinhagas, de alho porro na mão ou brandindo o martelinho, mas sempre com um chiste travesso na boca, a descambar, em regra, para o brejeiro mas que atirado ao ar em jeito de chalaça assume o sentido de um verdadeiro hino de solidariedade.

É este cheiro a gente, a manjerico e erva cidreira, é esta poesia popular impregnada do espírito folgazão do povo que enche Junho no Porto e se expande do coração da gente, sobe ao ar como um fogo de artifício que estreleja e ilumina a noitada.

Nas ruas mais centrais que, nessa noite, até ao nascer do sol, registam invulgares enchentes de povo, aparecem à venda as ervas santas e plantas aromáticas com evidente predominância do manjerico, a planta símbolo por excelência desta festa; o alho porro, em que muitos julgam ver reminiscências de antigos cultos fálicos; os cravos e a erva cidreira. Estas e outras ervas, por virtude especialmente do orvalho da noite, possuem, no entender do povo festeiro, virtudes especificas que são indiferentemente utilizadas com fins terapêuticos; para garantir amores felizes ou casamento próximo; resolver com sucesso empreendimentos em negócios ou como protecção contra os raios e os maus olhados.

Mas a tradição portuense criou uma outra forma única de festejar o S. João, ao colocar a sua imagem na típica “cascata” – verdadeira obra prima de imaginação criativa e de primorosa execução artística exclusivamente tripeira. Lá está a figura do santo com o seu inseparável símbolo, o bíblico carneirinho que por sua vez, aparece associado a elementos pastoris e ao rebanho que nos traz à memória o manjar tradicional desta quadra festiva: o anho ou cabrito assado com batatas assadas e arroz de forno. Mas também não faltam, em arraial que se preze, a sardinha assada na brasa e o caldo verde da praxe e, ao calor das fogueiras, o café acompanhado pelo pão quente barrado com manteiga."

Por: Germano Silva

quarta-feira, 16 de junho de 2010

E voilá, a grande estrela! O meu querido Anástasis :D


Lançamento do livro Anástasis, no próximo dia 1 de Julho, às 22.00 horas, na FNAC do NorteShopping.

Como o prometido é devido aqui está o meu amiguinho!

Quem puder não falte. Vai ser importante ver as vossas caretas todas por lá :D

Apareçam!

Beijinhos.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

"Anástasis" vem a caminho!

Olá, olá. Não podia deixar de vir aqui dar a notícia!

Ontem o meu livro "Anástasis" saiu finalmente da gráfica e eu já o tenho!

A sensação é maravilhosa, ao ver assim concretizada uma obra minha... Recomendo! : D

Daqui a pouco, muito pouco tempo divulgo a capa e o dia da sessão de Apresentação.

Keep in touch my dears. Especialmente aqueles que gostam de thrillers, suspense, crime... ; )

Beijinhos!

sábado, 15 de maio de 2010

Alma revigorada, "Viva o Papa!"

Num sentimento de união em que o corpo foi tantas vezes arrastado e o coração também, a multidão juntou-se, libertando o espírito e (re)afirmando a fé.

A vinda do Papa não podia ter acontecido em melhor altura. Além da Igreja estar a ser diariamente maltratada pela comunicação social, vivemos numa época de crise em que o desânimo, o desalento e o desespero assola as nossas almas, as nossas casas e famílias.

A presença do Santo Padre ajudou a que, pelo menos ao longo desta semana, nos sentíssemos acolhidos, compreendidos, acarinhados e lembrados. A entrega de um sem número de milhares de católicos fez com que nos deixássemos de sentir,  à margem dos demais, pelos sucessivos desrespeitos a Deus...

Os jovens, de forma incansável, manifestaram durante estes 4 dias, toda a sua convicção, carinho e apoio ao Papa, bem como à Igreja Católica, representando também uma lufada de ar fresco na presença de uma comunidade mais envelhecida.
Estar perto do Papa poder avistá-lo, senti-lo, compreendê-lo, provoca um sorriso inexplicável e um acreditar devoto. Saímos reconfortados, e em paz.

Só um grande ser humano, e com a mão de Deus, tem o poder de agregar e conciliar povos de distintas classes sociais, culturas, faixas etárias e pontos geográficos.

Viva o Papa! Um dia que nunca vou querer esquecer...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Que caminho escolher?

Por entre uma crescente e assumida ausência de valores vamo-nos escapando, duma irresponsabilidade desmedida, sem critério ou cuidado, sem prazo de validade ou arguida.

À luz dos olhos tudo se desenrola sem vergonha ou respeito, sem cuidado ou preconceito, apenas com vaidade, superioridade e despeito.

Nada é como foi, nem será como o é.

Contudo, na roda da vida o baixo tem muito peso e nesta altura demasiados focos e tempos de antena. Assim, devemos puxar a máquina para cima, e não deixar que as forças indignas imperem e governem impunes. Num caminho de facilidades, vigarices e ultrajes.

O povo deve sentir-se atingido por tanta vergonha e não deve mais continuar calado, pois a verdadeira força está nos muitos que somos e não nos poucos que escolhemos.

Ainda há tempo, por isso não deixemos tudo nas mãos de quem não ama, não respeita, não sente, não deseja, não é capaz ou digno. Não deixemos o fado entregue às canções e danças do vento. Se não formos nós a erguermo-nos nada muda, se planta, cresce ou floresce.

Por um futuro melhor eu espero, deixemos notar quem realmente merece e tem humildade suficiente para não se impor sozinho rodeando-se do bem para seguir sempre o bom caminho.

Outro mau exemplo...

domingo, 2 de maio de 2010

Por todos os dias...

Um obrigada à vida pela Mãe que viu nascer, que criou e ensinou, que moldou e abraçou.

Um obrigada ao destino pela sua presença, sempre constante, pela sua partilha diária, saudável alegre e determinante.

Um obrigada a Deus pela escolha de a ter tornado minha e nossa.

E por último um Obrigada à Mãe, por ser quem é, uma mulher que com humildade espalha os seus valores, colocando sempre a família em primeiro. Um verdadeiro Leão que na sua timidez mostra garra e orgulho nas suas crias, mostra amor e coragem no caminho que as ajuda a percorrer, hoje, ontem e sempre!

Um Obrigada à Mãe, não por este dia específico mas por todos, que são os seus, e por consequência nossos também.

Um beijo especial para uma Mãe ainda mais especial.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

O Paraíso...

Sentada observo todas as almas à minha volta... As mais novas riem de alegria, e correm desafogadas pelos campos verdejantes mergulhando por último no lago refrescante de cascatas reluzentes e límpidas. As mais experientes aguardam serenas e felizes pelas que ainda estão por chegar. Juntam-se debaixo das árvores de fruto, mesmo ao lado das margaridas de vários tons, flores do campo e conversam, partilham, momentos de uma outra vida que lhes deixou saudade mas não falta. Neste sítio todos se movimentam sem pressa e não existem limites. Limite de tempo nem de espaço, nem de obrigações. Coabitam todos juntos, seres de épocas distintas e espreitam para quem por baixo deles respira. Não se deixam abater pelos seus anseios pois sabem como aquelas provas nada o São sem a Verdade.


Observo ainda os pássaros e as suas diferentes cores e origens, ali se misturam chilreares tropicais, meridionais, ocidentais e orientais. Ali se cruzam os mais espectaculares animais. Neste momento vejo uma girafa a brincar com um coelho e lá mais atrás um saurópode a engolir grandes quantidades de folhas das árvores. Quem diria ser possível? E as casas? As nossas casas tão diferentes, os materiais não são palpáveis, apenas Existem. Não vemos prédios nem empreendimentos de luxo ou condomínios fechados, não existem favelas ou bairros, nem shoppings ou mercados. Ali tudo se passa na rua invisível, delimitada apenas pela presença de quem lá anda. A troca faz lembrar os antepassados, vejo alguém a dar uma galinha e a receber três sacos de milho. É fantástico tudo isto. Aqui temos igualdade, não a que se encontra escrita nos livros. Apesar de existirem muitos por cá. Temos de conhecer as obras de quem as criou, estão aqui tantos desses letrados... Há muito por aprender neste sítio, muito para conversar. E haverá sempre, pois a todos os segundos vemos almas novas a chegar.

Vejam, lá está o Pai a recebê-las! Tão contente, sempre com o seu ar jovial e acolhedor. As crianças não Lhe largam as vestes... Os aspirantes olham em redor tentando perceber a nova realidade das suas vidas. Respiram de alívio, contentes pelo que vêem, entretanto juntam-se ao Pai que já tem consigo os seus familiares e em conjunto seguem o Seu caminho.

Acordo de sorriso nos lábios pois descubro que a Vida afinal ainda mal começou...

sexta-feira, 12 de março de 2010

A partida...



O sol deve nascer forte hoje. Mais uma luz foi para o céu, e esta radiosa, brilhante e linda. A nossa Terra ficou um pouco mais cinzenta, mas o Universo cheio de vida e de cor.
Dói ver partir, sentir saudade, dói recear esquecer, mas não seria justo pensar somente assim, era um egoísmo, uma falsidade, pois a verdade é que recebemos muito mais...
A sua serenidade, bravura, e resistência dos últimos anos ensinaram-me a nunca desistir, a não nos revoltarmos com o destino, a não vivermos da mágoa, e a não pensarmos somente em nós. Pois, a vida está muito para além disso.
E agora aí bem do alto, mas sempre connosco, deixa-nos a esperança através do exemplo de amizade, amor e coragem que sempre praticou.
O sono encosta-se a mim, mas no entanto eu não adormeço. As palavras querem sair, mesmo estando caladas. Não tenho com quem falar agora, por isso vim aqui... mas sei que está comigo, aliás como sempre esteve.
Espero que finalmente consiga descansar como merece, e reencontrar quem tanta falta lhe fazia. Conhecendo-o como o conheço já a esperava ansioso, ainda que ao mesmo tempo com tempo... "Primeiro vou eu ouviste?" - Dizia carinhosamente enquanto a abraçava no corredor.
Agora a avó é um pedacinho de Deus. E junto a Ele vai viver livre e feliz para sempre.
Por muito triste que eu esteja quero que me recorde com um sorriso rasgado nos lábios pela "maricota" que sou.
Beijo grande e agora, ainda que seja somente em pensamento, vamo-nos sentar as duas a ver televisão ao lado do avô.. eu fico no meio, a avó continua a fazer a toalha e ele a ler o jornal... Esta é uma das imagens de aconchego, segurança e felicidade que vou guardar para sempre.
Continue a olhar por mim e pelos nossos. Nós jamais a esqueceremos.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

"Em jeito de visita de médico"

Andará alguém desse lado?

Já ninguém deve passar por aqui e percebe-se bem porquê o mundo não espera, a vida não descansa, a Terra não pára, assim quem deixa de aparecer é esquecido. Mas o que é facto é que ando sem vontade de escrever neste meu espaço, nem sei quando o voltarei a fazer. A vida tem-me proporcionado novos desafios, logo ocupado mais tempo. Nesta altura posso informar que estou a tratar do meu futuro livro, que se encontra escrito há já algum tempo e que agora há-de finalmente ser impresso e publicado. Dentro de pouco tempo tenciono passar por aqui nem que seja somente para vos mostrar a capa, combinado? : )

Até qualquer dia!