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"Anástasis- A Verdade é uma Mentira"







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Boas Leituras!





terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O Fim.

Quem pode ditar, sem qualquer custo, o fim à vida de um ser humano?
A história da jovem Eluana Englaro mexeu e remexeu cabeças e consciências.
Poucos ou nenhuns conseguem ficar indiferentes perante uma decisão, tão definitiva, sobre a vida de uma pessoa. Quem consegue, de peito aberto e de voz assertiva, erguer-se e defender uma das posições sem guardar qualquer réstia de dúvida, ainda que semi-abafada no seu íntimo?
Estado vegetativo? irreversível... Coma? Será isto sinal de que alguém já terminou de viver? Quem garante que a jovem nesta altura optava por ficar sem alimentação e assim desistir?
O problema é esse mesmo, ninguém tem a certeza de nada. A única verdade, que está perante todos e que não pode ser contestada, é que hoje, dia 10 de Fevereiro de 2009, foi morta uma mulher de 38 anos, após lhe ter sido aplicada a Eutanásia.
Será que Eluana não teria mais nada a fazer nesta vida? Será que algum dia iria recuperar? Pode-se considerar tudo isto um grande disparate, até porque foi comprovado o seu estado vegetativo irreversível, mas ninguém consegue afirmá-lo com 100% de certezas, ninguém esperou para ver.
Eluana, ainda que estando em coma há 17 anos, não se encontrava em estado de morte cerebral, respirava autonomamente, despertava, adormecia, vivia... totalmente débil é certo, mas vivia.
Quem somos nós para decidir sobre a vida de alguém, e podermos dizer que já chega, e que as Eluanas de todo o mundo devem parar de viver?
Não condeno ninguém pelo que fez e sobretudo pelo que pensa. Consigo compreender e também eu carrego muitas dúvidas... a primeira prende-se com o facto de nenhuma das soluções (eutanásia, ou estado vegetativo) me parecer justa. Contudo, não posso deixar de acreditar que a prioridade está no direito à vida, ainda que de forma limitada.
Nós estamos cá por algum motivo e a Eluana pode nunca ter chegado a perceber o seu.