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"Anástasis- A Verdade é uma Mentira"







O Anástasis já não se encontra à venda em nenhuma livraria. Caso estejam interessados em adquiri-lo contactem-me, pf, via email: anastasis.maria@gmail.com.



Boas Leituras!





sábado, 17 de setembro de 2011

Vale a pena deixar a nossa marca!

Descobrir nas raízes as nossas verdades e fraquezas, realidades e proezas é de facto espantoso.
Serve o passado para nos apresentar o presente como nunca o olhamos.
Decisões, rotinas e hábitos que ditam o futuro sem que nos apercebamos.
Recordar é mais que viver é reinventarmo-nos. É descobrir mais sobre nós, sobre a família e o sangue que nos une, pela sorte já escrita.
Uma viagem interior, através das imagens, palavras caídas em desuso ou letras esquecidas, neste mundo que é desde sempre o nosso....

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Sim, precisamos parar!

A pressão a que nos sujeitam as situações adversas e inesperadas deixam-nos sobrecarregados de stress e contracção. Saber dizer calma, para poder libertar todos os anseios que há um minuto nem sonharíamos existirem, faz de nós pessoas melhores. Na vida só decidimos bem se nos dermos tempo. Reflexão, introspecção, sobretudo conseguirmo-nos escutar sem as constantes interferências e empurrões de palavras, que nos irrompem diariamente pelos ouvidos e nos incham o cérebro. Sentem-se ou deitem-se. Metam-se num banho de imersão ou se não quiserem gastar água encostem-se no vosso canto preferido e fechem os olhos para descontrair. Parem, para os músculos amolecerem. Bastam uns minutos, uns momentos de silêncio em que a vida está em modo de pausa, para nos encontrarmos e voltamos a estar certos do que queremos. Aí sim estamos preparados para avançar… Nessa altura as forças já estão redobradas, porque nós somos mais se estivermos em paz e de acordo connosco! Por isso, parem… escutem-se… e relaxem… deixem a acção desenrolar do lado de lá … Neste momento respiram a serenidade que vos devolverá a confiança que necessitam e o apaziguar do coração.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Acreditar!


O verbo acreditar é composto por 9 letras e um som cheio de esperança.
É fantástica a força da mensagem que se pode prender com uma simples palavra.
A vontade de vencer ultrapassa tudo... Injustiças batem-nos à porta, mas temos que as saber receber, tal como ao nosso pior inimigo. Afastar a negatividade e tentar descomplicar é a missão. Procurar o verdadeiro sentido das coisas, os porquês inexplicáveis e nunca desistir ou descansar sob a desilusão!
A vida é feita disto mesmo, de dissabores que servem para apreciarmos cada experiência rica que nos é oferecida na linha do tempo.
O verbo acreditar é o que melhor me conforta neste momento.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Anástasis na TVI24

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O respirar de um instante

Mais um dia, uma memória, mais um pedacinho de terra vivido.


Momentos de um passado que antes de o serem já eram, onde tudo corre rápido demais e deve ser sorvido até ao último trago.

Um sopro de esperança, numa palavra de alento, um jogar de histórias que abrilhantam as horas e os cenários.

Um instante desejado marca mais que dias embebidos numa mesma rotina, num mimar de alma que aconchega a nossa bem-aventurança.

Assim, não percamos mais tempo, está na hora de admirar o que de belo fervilha em nós e buscar o que de bom existe nos outros, para que juntos cheguemos à meta todos em primeiro lugar.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Bem-vindo 2011!

No início do ano a vontade assume de novo o comando da vida, a energia volta reforçada, e a esperança domina. O poder de uma mudança, de um sopro de renovação, onde o futuro se encontra afinal mais longe do que parecia, e com optimismo a página em branco continua a ter lugar onde escrever.


O acreditar em nós, no mundo, no colega de trabalho, no vizinho, na sociedade, na vida, num novo rumo… Uma simples contagem decrescente, não mais do que o normal correr do tempo, que desperta no ser humano uma fome de aproveitar e um refrescante acordar…

Bem-vindo 2011!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Um Santo e Feliz Natal para todos!

domingo, 21 de novembro de 2010

Células negras...

Que raio de doença que nos assalta e nos leva sem notar. Que terrível fado que em alguns acerta, sem regras ou tendências, sem estados ou preferências.
Varre tudo, mesmo sendo combatida. Semeia raiva, espalha dor e colhe pedaços do que era uma vida feliz...
Cada dia que passa muitos são os que a enfrentam e muitos os que acabam por perder.
A todos os que convivem com este drama desejo a maior Força, Coragem e Fé!


Em memória de: Pedro Beça Múrias; António Feio; Tiago Alves e tantos, tantos, outros.

domingo, 14 de novembro de 2010

Em mim...

Numa noite misteriosa de Outono, em que as folhas caem rotundas no chão, e a chuva as calca sem perdão, encolho-me perante a dimensão de tamanho cenário natural. Deixo-me ouvir em silêncio e encostada a meia luz, o som das gotas furiosas, e dos ventos agitados. Permaneço e desfruto. O inverno quer chegar…sinto-me cada vez mais aquecida pelas paredes que me protegem e pelo conforto que me acolhe. Mas o tempo está furioso agora…
Descanso e relaxo. Imagino… Nada melhor para a criação do que fecharmo-nos em nós próprios, e esta noite é isso mesmo que vou fazer.

sábado, 23 de outubro de 2010

Acima das Nuvens

Regressada duma cidade magnífica, inspirada por uma monumentalidade incomparável e majestosa sinto-me a flutuar sob as nuvens. Talvez por isso mesmo tenha tirado esta fotografia... autêntico algodão que nos acolhe, nos suporta, nos abriga. Férias de dias inesquecíveis!
Uma Roma que se representa a si mesma, através de uma história que se respira, uma paisagem que nos inspira, e de um retrato que se revive. Delicioso!

sábado, 2 de outubro de 2010

Pensamentos indomáveis

Mergulho no silêncio da noite e na respiração do tempo… Agarro os pensamentos mais distantes, perdidos, mesmo esquecidos… até que estes se fortalecem. Sinto algum receio em continuar… mas insisto em ouvi-los com atenção e cautela. Nada é transparente, fácil, ou previsível. Sei o que fiz ontem, o que pretendo fazer amanhã, mas não consigo controlar o a seguir. Os segundos escapam-se-nos pelos dedos das mãos em direcção ao ar que os suporta e comanda até ao infinito. Não tenho qualquer poder, pois desconheço as coordenadas geográficas e o compasso do tempo… a minha voz volta a ficar longínqua, e cada vez mais fraca. Os pensamentos esvanecem e as imagens diluem-se… É tarde, não me interessa pensar mais… não agora. A noite é minha amiga e confidente, mas apenas quando recolhida no leito do meu ser.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O conteúdo de um olhar diferente

No mês mais parado do ano, tal como é lembrado, a minha vida acelerou duma forma ofegante e entusiasmada. De facto, por vezes basta que a encaremos, com um pouco mais de optimismo, para que esta nos atribua algo que desejamos.


A felicidade cumprimenta-nos e a janela deixa entrar aquela brisa de confiança no futuro. É boa a sensação de pouco sabermos… Muito nos surpreende uma chamada, um e-mail, um toque ou uma palavra que não estavam programados.

De facto, a sorte muda quando menos esperamos e neste momento, tendo exactamente o mesmo que nos mês anterior, sinto-me curiosamente mais completa! A nossa forma de olhar para a vida mostra-nos estas coisas… Por isso variemos de cor, expressões e feitios. Para que a vida note que lhe pertencemos e se lembre sempre que é agora que precisamos mais dela.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

A25- Um ataque à sobrevivência…

Uma angústia pela fragilidade assumida, pela impotência espelhada... Sentimo-nos reduzidos, mesmo a migalhas, então concentramo-nos no nosso interior e visualizamos os nossos receios, e pequenez. Dura vida, mais para uns é certo, mas que a qualquer momento se poderá cruzar connosco. Receamos a tragédia, a perda, a solidão, o desespero, a dor e a revolta. O que aconteceu ontem infelizmente vai voltar a acontecer. E nós vamos voltar a sentir, tudo o que nos balança, nos incomoda e nos enfrenta! Perante tal cenário optamos por baixar o olhar, é mais simples… afinal já não somos tão fortes quanto acreditávamos. Solidários com a realidade gostávamos de ajudar mas nem para isso temos coragem ou disponibilidade, para viver o sofrimento alheio... Mais fácil será então seguirmos em frente, sem pensar muito, esquecermos as imagens, os relatos, a dor e rezar para que nunca atravessemos de forma tão trágica essa linha fina e ténue do estar e de no segundo seguinte não estarmos mais.

domingo, 8 de agosto de 2010

Anastasis Porto Canal

sábado, 7 de agosto de 2010

No interior das palavras

No silêncio da noite, envolta em pensamentos acolhedores e sentimentos de esperança, repouso. A vontade de me recolher cresce mas a ideia de que ainda posso fazer mais qualquer coisa por este dia desperta-me. Ideias sobrevoam os meus pensamentos. Tento escutá-las, uma de cada vez… Que caminho seguir? Esta é a grande questão. Ainda não sei a resposta… a melhor que encontro é a de seguir em frente! Ouço-me com mais atenção ainda, e percebo que muito se encontra por escrever… mas em letras? Pergunto-me. Talvez não, ou então não só. Tento entender-me… que mania esta a minha… a de querer sempre mais. Satisfação? Sim… alguma, mas não ainda aquela. Sim aquela, a que me dá maior vontade de seguir, lá está, em frente! Mas que grande trapalhada, preciso desligar e dar lugar aos sonhos, que se escrevem sozinhos e onde eu apenas intervenho porque não consigo parar. Parar-me? É difícil. Mulher de profunda admiração pela vida.

Amigos… vou descansar agora.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Anástasis apresentado no Porto Canal.


Diverti-me imenso nesta entrevista, mal tenha o vídeo coloco-o aqui.
Nesta altura, encontro-me a construir uma página no Facebook apenas dedicada ao Anástasis, assim todos os seus asssuntos ficam em página própria e liberto o blogue para os meus textos habituais.

Beijinhos!

sábado, 31 de julho de 2010

De regresso...

Cheguei hoje de férias, retemperada. Nada como um bom mergulho no mar para refrescar as nossas ideias e reforçar as nossas boas energias!

Aproveito para agradecer a todos aqueles que leram o livro e me deixaram comentários tão simpáticos, fico muito satisfeita e com vontade de no futuro fazer mais e melhor!

Posteriormente, vou tomar a liberdade de publicar algumas das vossas opiniões sobre o Anástasis, aqui no blogue, para mais tarde recordar.

Beijinhos e agora vou descansar de tanto repouso! : )

sábado, 3 de julho de 2010

Obrigada!

Quando estamos sem palavras custa-nos descrever com coerência aquilo que sentimos. Não existe uma linha orientadora, uma frase reveladora, existem sim palavras soltas e pensamentos desordenados.

O que senti ontem, e ainda hoje perdura, foi um conjunto de emoções fortes e felizes. Poder viver cada segundo com a intensidade com que o fiz, poder estar com cada pessoa com a vontade com que estive, e rir com a satisfação que me invadiu foi de facto apaixonante.

Senti-me acarinhada e apreciada. E espero por isso mesmo ter conseguido transmitir-vos o quanto foi, é e será sempre o vosso apoio precioso para mim.

Eu respiro emoções ao viver rodeada, nunca só. Eu partilho, recebo e distribuo e só assim sei ser feliz.

Para quem não conhecia este blogue explico que passo aqui de quando em vez sem obrigações, ordem ou regras, não sendo este um espaço de partilha com publicações diárias.

Para as mais de 100 pessoas que estiveram ontem presentes no lançamento do Anástasis um Obrigada muito especial e sentido.

Beijinhos, e conto ver-vos por cá!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Meu Querido S. João

Neste teu dia importante
Venho celebrar a vida
pedindo sorte e saúde
para uma melhor saída

O som dos martelinhos
e o cheiro a alho porro
acompanham os balõezinhos
no seu trajecto novo

Com sardinhas assadas
festeja-se o S. João
com conversas animadas
falamos todos ao coração

S. João é no Porto
com tudo o que tem de melhor
Bailaricos e manjericos
são o seu décor.
Velhos e novos saem à rua
para uma noite intemporal
numa folia popular
como não há outra igual!

Viva o S. João!

"S. João: É Povo na Rua"

"Dos santos populares de Junho, o S. João Baptista é o que mais se festeja na Europa – João, Joan, Jean, John, Iván, Sean, consoante o país onde a festa aconteça.

Mas é na cidade do Porto que as celebrações em seu louvor atingem o mais alto grau de espontaneidade. Festa grande, de tirar o ventre de misérias, o S. João tripeiro tem de ser entendido como uma grande manifestação de massas, eminentemente festiva, de puro cariz popular e que dura toda uma noite, com uma cidade inteira na rua, em alegre e fraterno convívio colectivo.


Festa cíclica, de raiz nitidamente pagã, o S. João do Porto assenta, fundamentalmente em “sortes” amorosas, encantamentos e divinações que se devem relacionar, por um lado, com o casamento, a saúde e a felicidade, mas que andam também estreitamente ligadas aos antigos cultos pagãos do Sol e do fogo e às virtudes das ervas bentas, ao orvalho, às fogueiras, à água dos rios, do mar e das fontes.

Quem saltar a fogueira na noite de S. João, em numero ímpar de saltos e no mínimo três vezes, fica por todo o ano protegido de todos os males .Diz a tradição que as cinzas de uma fogueira de S. João curam certas doenças de pele. Para certos males, são benéficos os banhos que se tomem na manhã do dia de S. João, mas antes do Sol nascer. No Porto, os que se tomavam nas praias do rio Douro ou nos areais da Foz, valiam por nove...

As orvalhadas têm a ver com a fecundidade. Uma mulher que se rebole de madrugada sobre a erva húmida dos campos (“...para tomar orvalhadas / nos campos de Cedofeita”) fica apta para conceber. Segundo um conceito antigo as orvalhadas eram entendidas como o suor ou a saliva dos deuses da fertilidade. Uma outra velha tradição assegura que os namoros arranjados pelo S. João são muito mais duradouros do que os que se formam pelo Carnaval “que não vêm chegar o Natal..."

Um antigo costume são-joanino consiste em fazer subir balões confeccionados com papéis de várias cores. Sobem ao ar como sóis iluminados sob o impulso do fumo e o calor de uma chama que consome uma mecha de petróleo ou resina. Estas práticas são velhos resquícios de um antigo culto ao Sol. S. João é também casamenteiro. Ao toque da meia noite a menina casadoira atira um cravo para a rua. Se for apanhado por um rapaz, em breve ela casará. O mês de Junho passa célere por entre o canto fruste das cigarras e a risada vermelha das papoilas. Mas a folha da oliveira também entra no sortilégio das cantigas de amores: “Ó meu S. João Baptista / ouvi-me que eu sou solteira / destinai o meu marido / nestas folhas de oliveira...” Havia no Porto, ainda há relativamente pouco tempo, o costume de se erguerem arcos de madeira com que se enfeitavam determinadas ruas para a grande festa. O cimo desses arcos terminava em triângulo, que era a forma ou o símbolo do Sol para certas religiões antigas.

O cristianismo soube, de forma inteligente, reconheça-se, cristianizar as festas pagãs em geral e o S. João em particular. O nome do santo percursor passou, depois disso, a dominar e a proclamar uma festa que no Porto se celebra na noite de 23 para 24 de Junho com desfiles de marchas, arraiais nos quatro cantos da cidade e bailaricos. O S. João do Porto é o povo na rua, a multidão que transborda de avenidas, praças e ruas, desemboca de vielas e azinhagas, de alho porro na mão ou brandindo o martelinho, mas sempre com um chiste travesso na boca, a descambar, em regra, para o brejeiro mas que atirado ao ar em jeito de chalaça assume o sentido de um verdadeiro hino de solidariedade.

É este cheiro a gente, a manjerico e erva cidreira, é esta poesia popular impregnada do espírito folgazão do povo que enche Junho no Porto e se expande do coração da gente, sobe ao ar como um fogo de artifício que estreleja e ilumina a noitada.

Nas ruas mais centrais que, nessa noite, até ao nascer do sol, registam invulgares enchentes de povo, aparecem à venda as ervas santas e plantas aromáticas com evidente predominância do manjerico, a planta símbolo por excelência desta festa; o alho porro, em que muitos julgam ver reminiscências de antigos cultos fálicos; os cravos e a erva cidreira. Estas e outras ervas, por virtude especialmente do orvalho da noite, possuem, no entender do povo festeiro, virtudes especificas que são indiferentemente utilizadas com fins terapêuticos; para garantir amores felizes ou casamento próximo; resolver com sucesso empreendimentos em negócios ou como protecção contra os raios e os maus olhados.

Mas a tradição portuense criou uma outra forma única de festejar o S. João, ao colocar a sua imagem na típica “cascata” – verdadeira obra prima de imaginação criativa e de primorosa execução artística exclusivamente tripeira. Lá está a figura do santo com o seu inseparável símbolo, o bíblico carneirinho que por sua vez, aparece associado a elementos pastoris e ao rebanho que nos traz à memória o manjar tradicional desta quadra festiva: o anho ou cabrito assado com batatas assadas e arroz de forno. Mas também não faltam, em arraial que se preze, a sardinha assada na brasa e o caldo verde da praxe e, ao calor das fogueiras, o café acompanhado pelo pão quente barrado com manteiga."

Por: Germano Silva