Mergulho no silêncio da noite e na respiração do tempo… Agarro os pensamentos mais distantes, perdidos, mesmo esquecidos… até que estes se fortalecem. Sinto algum receio em continuar… mas insisto em ouvi-los com atenção e cautela. Nada é transparente, fácil, ou previsível. Sei o que fiz ontem, o que pretendo fazer amanhã, mas não consigo controlar o a seguir. Os segundos escapam-se-nos pelos dedos das mãos em direcção ao ar que os suporta e comanda até ao infinito. Não tenho qualquer poder, pois desconheço as coordenadas geográficas e o compasso do tempo… a minha voz volta a ficar longínqua, e cada vez mais fraca. Os pensamentos esvanecem e as imagens diluem-se… É tarde, não me interessa pensar mais… não agora. A noite é minha amiga e confidente, mas apenas quando recolhida no leito do meu ser.
sábado, 2 de outubro de 2010
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